8 de jan. de 2010

Bendito fruto



Inspirada numa imagem


A noite mal dormida fora conseqüência da ansiedade, mas, a despeito do cansaço físico e mental estava bem. Sentia-se feliz.
Levantou antes do relógio despertar.
Depois de uma ducha rápida, sentou-se nua na cama e acariciou o ventre.
Balbuciou uma canção de ninar enquanto espalhava o hidratante pelo corpo.
Sua respiração estava calma, sua mente estava tranquila.
No horário adequado, ela e o homem a quem amava foram ao consultório.
Sala de espera cheia. Tinham hora marcada, mas precisaram pegar senha e aguardar.
Quarenta minutos depois foram chamados à sala.
Ambiente na penumbra, silencioso, a atendente fez as perguntas de praxe e pediu que ela se sentasse.
Com um ligeiro sorriso a médica se apresentou e ligou a máquina.
Os batimentos cardíacos dela se elevaram.
Uma imagem disforme surgiu na tela.
Um som forte encheu o ambiente.
- Esse é o coraçãozinho do seu bebê.
Ela e o amado apertaram-se as mãos.
Estavam vendo o filho pela primeira vez.
A mãozinha estava sobre o nariz.
As pernas, cruzadas para cima.
A cabeça bem redondinha.
E o coração.
O pequeno coração batia com uma velocidade incrível e seu som era um deleite para os ouvidos dos seus pais.
Apaixonaram-se.
O carinho, o amor já existiam, isso era claro, mas, a verdadeira entrega, a paixão de pai pra filho surgiu naquele momento.
Data prevista para o parto: 27 de julho.
Só faltavam mais 7 meses para abraçarem e beijarem a Isabel ou o Francisco.

Um comentário:

  1. Isabel ou Francisco terá, com certeza, belos registros para pesquisar porque é como é, depois que crescer, não é mesmo?

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