Inspirada num maníaco de olho verde
- Vou pra Curitiba amanhã, de férias. Quer que te traga alguma coisa?
Seus olhos brilharam. Ela nem pestanejou.
- Um autógrafo do vampiro de Curitiba.
Ele sabia do que ela falava. Riu.
- Vou tentar.
Ela sabia que ele tentaria, mas também sabia que seria quase impossível. O vampiro era recluso. Não dava autógrafos. Não concedia entrevistas.
Ele foi. Percorreu a cidade inteira até encontrar o vampiro. Tinha um livro nas mãos. Contou a história da amiga ao vampiro. Ele autografou o livro com uma dedicatória.
Missão cumprida. Ele voltou.
Ela o recebeu com a alegria de sempre. Ele tinha um livro nas mãos. Abriu o livro e mostrou-lhe a folha de rosto. Ela vibrou.
- Você é meu padrinho mágico. Obrigada.
Tomou o livro e olhou a capa. O maníaco do olho verde.
Começou a chorar sentido e, entre lágrimas, indagou:
- O que faremos hoje? Preciso te contar como me apaixonei por um maníaco de olho verde.
Ele a fitou. Viu que a amiga falava sério.
- Vamos tomar um saquê e você me conta essa história.
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