Haviam namorado na adolescência. Namoro conturbado, moldado pelo cíúmes e medo de traição que sentiam, mas gostavam-se. Isso era óbvio.
Quando o namoro acabou, sofreram, mas o orgulho não os deixou reatar.
Alguns anos se passaram e, mais maduros, os ex-namorados retomaram a amizade.
Se encontravam para relembrar histórias, rirem das brigas e comentar sobre os amigos.
Foram se vendo cada vez mais e a vontade de se verem crescia e crescia.
Engataram um novo romance. Clandestino.
Ambos estavam envolvidos em outros romances, mas sentiam necessidade de se verem, de se tocarem. Adoravam aquela retomada da aventura da adolescência.
Mas, a consiência passou a assombrá-los e, sem coragem de enfrentar o mundo em prol daquela felicidade, romperam.
Muitos anos se passaram e, já maduros, mais uma vez os ex-namorados se reencontraram e retomaram a velha amizade.
Se encontravam para relembrar as velhas histórias, riam das velhas brigas e comentavam sobre os velhos amigos. E foram se vendo cada vez mais até que retomaram o velho romance. Clandestino.
Embora ambos estivessem envolvidos em outros relacionamentos, ansiavam por se ver, tocar e conversar. Sentiam-se jovens quando estavam juntos. Conversavam todos os dias.
Não precisavam representar papéis de conduta um com o outro, pois conheciam-se ao avesso.
A felicidade clandestina que experimentavam na maturidade lhes deu coragem de assumir que se amavam e não podiam mais viver separados.
Enfrentaram o mundo. Juntos.
Por 45 dias foram as criaturas mais felizes do planeta, até que ela morreu de aneurisma e, dois dias depois, ele de enfarto.
puta história trágica
ResponderExcluirO fim não precisa ser assim Fá.
ResponderExcluirLeoa, vejo 3 hipóteses filosóficas que são sua cara.
ResponderExcluir- protelaram tanto que quando decidiram era quase tarde demais.
- o fim foi castigo pelo que fizeram aos parceiros.
- eles morreriam de qualquer jeito.